Imaginem
Imaginem um contentor cheio de lixo que é deixado cair de uma altura de dez andares.
Cai no chão e explode, esse chão fica num beco onde nunca chega a luz do sol.
Mas à noite sob a luz do candeeiro da iluminação pública os pedaços de revistas, latas, roupas com lantejoulas e restos de comida brilham.
E à distância esse brilho é lindo como o reflexo do sol no mar.
Mas se nos aproximarmos os pormenores brilhantes evoluem para formas, essas formas são lixo puro e simples, se nos aproximarmos mais ainda o fedor sai de todos os pedaços de lixo explodido e cria uma névoa que paira na luz do candeeiro da iluminação pública.
A essa névoa chamamos o “glamour“da televisão.
Cai no chão e explode, esse chão fica num beco onde nunca chega a luz do sol.
Mas à noite sob a luz do candeeiro da iluminação pública os pedaços de revistas, latas, roupas com lantejoulas e restos de comida brilham.
E à distância esse brilho é lindo como o reflexo do sol no mar.
Mas se nos aproximarmos os pormenores brilhantes evoluem para formas, essas formas são lixo puro e simples, se nos aproximarmos mais ainda o fedor sai de todos os pedaços de lixo explodido e cria uma névoa que paira na luz do candeeiro da iluminação pública.
A essa névoa chamamos o “glamour“da televisão.
Etiquetas: Desabafos
posted by Unknown at 10:30 da tarde
2 Comments:
metáfora de uma precisão cristalina.
Brilhante descrição.
Não se trata de explosão mas de um «splash» de fezes mal cheirosas.
Há pouco tempo ainda me plasmava frente ao noticiário, mas agora nem isso. A ambição do lucro leva à conquista de audiências e estas ficam satisfeitas com a porcaria que lhes ditam no prato da sopa.
Pobre País.
Falta-nos um Camões e um Eça para «pintar» a cena actual.
Cumprimentos
A. João Soares
Convido a visitar Do Mirante
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